As mulheres tem uma queda pelo canalha. O canalha é mais amado que o bonzinho. Sei que muita gente deve estar me criticando por esta teoria, mas é explicável: ela sofre com o canalha, mas isso a justifica, a engrandece, pois ela tem uma missão amorosa; quer que o homem a entenda, pena que isso está fora do alcance dos homens. A mulher compõe quadros mentais que se montam em um conjunto simbólico misterioso, como a arte. O homem quer principio, meio e fim.
Mulher não tem critério; pode amar a vida toda um vagabundo que não merece ou deixar de amar instantaneamente um sujeito devoto. É terrível quando a mulher cessa de te amar, você vira também uma mulher abandonada.
Toda mulher, para ser amada, instila medo no coração do homem. Carinhosas, mas com perigo no ar. A carinhosa total entedia os machos...ficam claustrofóbicos. O homem só ama profundamente no ciúme. Só o corno conhece o verdadeiro amor. Mas, curioso, a mulher nunca é corna, mesmo abandonada, humilhada, nunca é corna. O homem corneado, carente, é feio de ver. A mulher enganada tem ares de heroína, quase uma santidade. Mas nunca corna. O homem corno é um palhaço. Ninguém tem pena do corno. O ridículo do corno é que ele achava que a possuía. A mulher sabe que não tem nada, ela sabe que é um processo de manutenção permanente.
A mulher quer ser possuída, mas não só no sexo, tipo “me come todinha”. Falam isso no motel, para nos animar. O homem é pornográfico, a mulher é amorosa. A pornografia é só para homens. A mulher quer ser possuída em sua geografia mutante, a mulher quer ser descoberta pelo homem para ela se conhecer. Ela é uma paisagem que quer ser decifrada pelas mãos e bocas dos exploradores. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe. A mulher deseja o impossível, e desejar o impossível é sua grande beleza. O amor exige coragem. E o homem...é mais covarde. O homem, quando conquista, acha que não tem mais de se esforçar e aí, dança...
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